Origem da questão social
O desenvolvimento do capitalismo e a revolução industrial, na Inglaterra e França, por volta dos séculos XVII e XVIII, criam o cenário propício as lutas de classes. O embate entre a classe proletária e a burguesa estava apenas começado. A gênese da questão social está fundamentada na oposição capital x trabalho, ou seja, é um sintoma social que tem sua especificidade explicada no contexto do modo capitalista de produção.
O entendimento a respeito da questão social mais difundida no Serviço Social é a de CARVALHO e IAMAMOTO, (1983, p.77):
“A questão social não é senão as expressões do processo de formação e desenvolvimento da classe operária e de seu ingresso no cenário político da sociedade, exigindo seu reconhecimento como classe por parte do empresariado e do Estado. É a manifestação, no cotidiano da vida social, da contradição entre o proletariado e a burguesia, a qual passa a exigir outros tipos de intervenção mais além da caridade e repressão”.
A questão social é percebida na forma capital de lidar com o ser humano e sua força de trabalho gerando grades contradições. Essas Contradições estão estabelecidas pela forma de produção e apropriação das riquezas geradas pela força do trabalho. Como defendia o pensamento marxista, os trabalhadores produzem a riqueza e os capitalistas se apropriam dela.
Para Marx o trabalho é uma atividade fundamental do ser humano. O homem foi o animal capaz de dominar a natureza através do seu esforço como forma de se beneficiar. Através da fabricação de instrumentos e mecanismos transformam não só a natureza como também o próprio homem. Sendo o trabalho o responsável pelo progresso e libertação humana, foi ele também usado como ferramenta de domínio e como mercadoria que podia ser vendida ou comprada. A comercialização do trabalho o levou a se tornar a principal ferramenta usada pelo capitalismo selvagem