origem da linguagem
As primeiras tentativas de explicação da origem da linguagem são de natureza religiosa, incluindo o relato da Torre de Babel. Na verdade, quase todas as sociedades antigas se valem de uma narrativa mítica para explicar a origem da linguagem ou a diversidade das línguas. Encontramos também explicações provenientes da filosofia, como veremos a seguir:
O filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) supôs que a linguagem humana teria evoluído gradualmente, a partir da necessidade de exprimir os sentimentos, até formas mais complexas e abstratas. Para Rousseau, a primeira linguagem do homem foi o “grito da natureza”, que era usado pelos primeiros homens para implorar socorro no perigo ou como alívio de dores violentas, mas não era de uso comum. (SILVA, 2007)
A linguagem propriamente dita só teria começado “quando as ideias dos homens começaram a estender-se e a multiplicar-se, e se estabeleceu entre eles uma comunicação mais íntima, procuraram sinais mais numerosos e uma língua mais extensa; multiplicaram as inflexões de voz e juntaram-lhes gestos que, por sua natureza, são mais expressivos e cujo sentido depende menos de uma determinação anterior”. (ROUSSEAU, 1989, p. 35).
Para outros pensadores, o gestual é anterior à linguagem falada. Com a necessidade de uma comunicação mais elaborada, a linguagem do gestual vai evoluindo para uma linguagem mais sofisticada.
Nesse processo, a comunicação se torna possível pelo fato dos indivíduos adotarem o mesmo significado para um gesto evocando uma vivência anterior do próprio indivíduo. Segundo Mead (1967), quando o gesto chega a essa situação, converte-se no que chamamos de “linguagem”, ou seja, um símbolo significante que representa certo significado. Com o passar do tempo, esse conjunto de gestos significantes dá lugar a formas mais elaboradas de linguagem, compondo