Orientação Vocacional
1- As falhas na formação do professor universitário sempre estão bem óbvias nos levantamentos que se realizam com o corpo discente. Dessa maneira, é mais fácil e simples verificar que a maioria dos julgamentos negativos direcionados aos professores estão relacionados à falta de didática. Assim, é comum hoje, os educadores universitários especializar-se em cursos de Didática do Ensino Superior, oferecidos em nível de pós-graduação. Porém, o número ainda é pequeno de professores que possuem especialização nessa área de didática. Antes, bastaria o professor ter boa comunicação e arraigados conhecimentos, subtendendo que quanto melhor o pesquisador fosse mais competente o professor seria. É essencial que os docentes reconheçam a importância da didática para o ensino superior, que tem sido cada vez mais emergente, tendo em vista todo o contexto de inovações tecnológicas e de comportamentos no processo do ensino e aprendizagem cada vez mais dinâmicos, mudando constantemente. Após o reconhecimento do docente, para que haja efetivamente transformações no meio acadêmico, requer do docente ampliação de sua reflexão sobre a didática desempenhada e dessa maneira, inserindo-se no processo de mudança e assim, tornando o aprendizado mais eficaz.
2- O termo “didática” deriva do grego didaktiké, que significa arte de ensinar. Segundo GIL (2007, p.2) seu uso foi difundido com o aparecimento da obra de Jan Amos Comenius (1592- 1670), Didática Magna, ou Tratado da arte universal de ensinar tudo a todos, publicada em 1657. Hoje são muitas as definições para esse termo, mas quase todas apresentam como ciência, arte ou técnica de ensino. Até o final do século XIX, a Didática era fundamentada quase exclusivamente nos conhecimentos filosóficos. A partir do final do século XIX, a Didática passou a buscar fundamentos também nas ciências, especialmente na Biologia e na Psicologia, graças às pesquisas experimentais. No início