Organização e a Família patriarcal
*Embora a perspectiva de Freud crie muitas novas interpretações da vida organizacional, na opinião de muitos críticos, Freud era excessivamente centrado na sexualidade e levou a argumentação longe demais. Entre esses críticos, são notáveis os membros do movimento feminista contemporâneo que veem Freud como um partidário de valores masculinos e preso em suas próprias preocupações sexuais inconscientes, especialmente quando essas interagiam com a moralidade vitoriana de seu tempo. Em vez de enfatizar a sexualidade reprimida como uma força propulsora por trás da organização moderna, esses críticos sugerem que devemos tentar entender a organização como uma expressão do patriarcado. Segundo seu ponto de vista, o patriarcado funciona como uma espécie de prisão conceitual, produzindo e reproduzindo estruturas organizacionais em que predominam o sexo masculino e os valores tradicionais masculinos.
A dominância dos valores e papéis masculinos
*A evidência de uma visão patriarcal da organização é fácil de ser verificada. Organizações formais geralmente se baseiam em características associadas com os valores masculinos ocidentais e, historicamente, têm sido dominada por homens, exceto nos trabalhos em que a função é dar apoio, servir, lisonjear, agradar e entreter. Os homens tendem a dominar os papéis e funções organizacionais em que existe uma necessidade de comportamento agressivo e direto, enquanto as mulheres, até muito recentemente, eram socializadas para aceitar papéis que as colocavam em posições subordinadas, como enfermagem, trabalho de escritório e secretariado ou papéis destinados a satisfazer vários tipos de narcisismo masculino.
*Os críticos do patriarcado sugerem que, em contraste com os valores matriarcais, que enfatizam amor incondicional, otimismo, confiança, compaixão e uma capacidade de intuição, criatividade e felicidade, a estrutura psíquica da família dominada pelo homem tende a criar um sentimento de impotência,