Organização em Serviço de Saúdeee

1 INTRODUÇÃO

O período de 1980 a 1990 foi marcado por uma série de processos globais de transformações nas configurações dos estados nacionais, com forte influência sobre os países em desenvolvimento. No campo da gestão do trabalho, políticas restritivas, no que se refere ao quadro de pessoal no setor público, levaram à flexibilização dos vínculos, à desestruturação e desregulamentação do mercado de trabalho e à ampliação da informalidade dos empregos (BRASIL, 2007).
No entanto, a discussão sobre um novo paradigma do trabalho nas sociedades pós-industriais, que se instalou com mais nitidez nas décadas de 80 e 90, recolocou a centralidade do trabalhador nesse processo, ampliando a discussão sobre a gestão do trabalho, incluindo repensar o planejamento e a qualificação do trabalho e do trabalhador, atingindo assim todos os setores (BRASIL, 2007).
Segundo Machado (2009), a implementação das Diretrizes Nacionais para a instituição ou reformulação de Planos de Carreiras, Cargos e Salários no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e o apoio às instâncias do SUS neste sentido; a desprecarização dos vínculos de trabalho na área da saúde; o apoio à implantação de Mesas de Negociação Permanente do SUS; Proteção do trabalho da mulher e suas condições do trabalho vieram como conjunto de ações que valorizam o profissional e seu trabalho.
Logo, são nítidas as adversidades existentes na questão do trabalho desde sempre e principalmente na atualidade. Muitas conquistas se deram ao longo do tempo, no entanto, percebe-se uma má configuração da organização da prestação do serviço, descompromisso pela maioria dos gestores, refletindo na atuação do profissional e no retorno da assistência à comunidade.
Portanto, a gestão do trabalho atualmente tem merecido grande relevância por parte das organizações de saúde que visam adequar às necessidades da população usuária a seus objetivos. Pensar em gestão do trabalho como eixo da estrutura organizacional dos serviços de saúde