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1. De acordo com a tipologia indicada, o meio natural é compreendido como o
momento em que a natureza ainda comandava a maioria das ações humanas, no qual
as técnicas e o trabalho eram totalmente pautados pelos ritmos da natureza. É
caracterizado como o período do “tempo lento”, que se estendeu do surgimento do
ser humano em sociedade ao advento das máquinas.
2. Na coleção de mapas, percebe-se o povoamento concentrado no litoral e ao longo
dos rios, dada a importância dessas áreas para o transporte e dos recursos naturais
nelas existentes para a subsistência das populações (nas áreas mais distantes da costa
– o sertão – uma população dispersa se ocupava da criação extensiva de gado e
culturas de subsistência, sendo que as comunicações eram difíceis). No mapa
referente aos anos 1890, a ausência de integração é outra característica que pode ser
associada ao meio natural: nota-se que as áreas econômicas mais ativas e densamente
povoadas estavam isoladas umas das outras, comunicando-se apenas por via
marítima (influência do meio natural). O meio técnico surge quando o ser humano
começa a se sobrepor sobre o “império da natureza”, por intermédio da construção de
sistemas técnicos. Os mapas “Brasil: do arquipélago ao continente” (Anos 1890 e
1940) correspondem a períodos nos quais os sistemas técnicos foram adensados
território brasileiro por meio da incorporação das máquinas (telégrafos, ferrovias,
portos etc.), de forma seletiva. Esse meio esteve na origem das desigualdades
regionais. No século XIX, por exemplo, com o desenvolvimento da economia
cafeeira no Sudeste, verifica-se uma nova inflexão no processo de valorização do
território brasileiro (o que também coincide com a transição entre o meio natural e o
meio técnico). Suas principais características foram:
• a construção de sistemas técnicos com o surgimento de setores comerciais e
bancários,