ordem
Embora seja tecnicamente possível para qualquer conjunto de idéias, ou qualquer pessoa que viva em qualquer momento da história possa ser um socialista utópico, o termo é mais freqüentemente aplicado aos socialistas que viveram no inicio de século XIX, aos quais foi atribuído o rótulo de "utópico" como um termo negativo por seus opositores marxistas (os quais, por oposição, se autodenominavam socialistas "científicos"), a fim de implicar ingenuidade e destituir suas idéias como fantasiosas ou irrealistas.2
Esta distinção é clara na obra de Engels, Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico, editada em 1892. Os socialistas utópicos foram vistos como querendo expandir os princípios da Revolução Francesa, a fim de criar uma sociedade e sistema econômico mais racional, e apesar de ser rotulados como utópico pelos socialistas posteriores, seus objetivos não eram sempre utópico, e seus valores incluíam frequentemente suporte científico e a criação de uma sociedade baseada em tal.3
Os socialistas utópicos acreditavam que a implantação do sistema socialista ocorreria de forma lenta e gradual, estruturada no pacifismo, inclusive na boa vontade da própria burguesia.4
Terminologia[editar | editar código-fonte]
O nome vem da obra Utopia de Thomas More (1478-1535), a derivação utópico pode ser entendida como lugar que não existe, imaginário. Os primeiros socialistas que propuseram a construção de uma sociedade igualitária foram posteriormente definidos como utópicos.
Histórico[editar | editar código-fonte]
Desde o século XVI, autores como Thomas More e Tommaso Campanella (1568-1639) imaginavam uma sociedade de iguais perante a lei. Na França do século XVIII, o revolucionário Gracchus Babeuf (1760-1797) escreve o Manifesto dos Iguais que coloca o abismo que separa a igualdade formal da tríade