Ordem Senhorial E Crescimento Feudal

Ordem Senhorial e Crescimento Feudal

O ano mil, de certo marcou o momento de desenvolvimento na sociedade medieval. Entretanto as consequências são percebidas nos séculos X e XI, o ano mil foi um objeto de debate entre os medievalistas, que associam este período a uma transformação social, já outros fazem prevalecer à continuidade além da mudança do milênio. Para o homem medieval, era muito forte o medo do fim do mundo, devido às crenças cristãs primitivas. Todavia o autor nos mostra no texto que existem atualmente três teses em vigor “Alguns notam, por volta do ano mil, sérios indícios de uma espera particularmente intensa do fim dos tempos e interpretam-na como uma reação popular diante da violência senhorial e das convulsões da mutação feudal. Para outros, os textos não permitem fundamentar essa visão renovada pela história social de um medo do ano mil, mas há, de fato, um momento de tensões sociais exacerbadas pela instauração da nova ordem feudal. Outros, enfim, consideram que não passou nada de particular em torno do ano mil, nem medos escatológicos, nem mutação feudal” (98-99 pg).
Os estudos quantitativos das populações humanas, de suas variações, não são totalmente confiáveis, visto que no período da Idade Média não existiam recenseamentos regulares, e também não se podia contar com registros de nascimentos e de mortes. Embora existissem alguns recenseamentos, elaborados com fins administrativos e fiscais realizado na Inglaterra em 1086. Cogitando estimativas, cálculos, avaliações e aproximações, considera-se entre o século XI e o início do século XIV, a população da Inglaterra subiu de 1,5 para 3,7 milhões de habitantes, e na Itália de 5 para 10 milhões, França, de 6 para 15 milhões, essas considerações são de fato bastante relevante para indicar uma tendência de crescimento nos três séculos, a população da Europa Ocidental tem um forte crescimento chegando a triplicar. Tal resultado é consequência de uma alta da fecundidade, que aumenta a quantidade de