Oralismo
Pessoas com surdez encaram diversos entraves para participar da educação escolar, devido a perda da audição e a forma como se estruturam as propostas educacionais das escolas.
Diversas questões têm se cultivadas em torno da educação escolar para pessoas com surdez. É um desafio, a proposta de educação escolar inclusiva que para ser realizada é forçoso ponderar que os alunos com surdez têm direito de acesso ao conhecimento, à acessibilidade, assim como ao Atendimento Educacional Especializado.
As disposições de educação escolar para pessoas com surdez centram-se ora na inserção desses alunos na escola comum e/ou em suas classes especiais, ora na escola especial de surdos. Há três vertentes educacionais: a oralista, a comunicação total e a abordagem por meio do bilingüismo.
As escolas tradicionais ou especiais, reguladas no oralismo, apontam para a capacitação da pessoa com surdez para que dominem a língua da comunidade ouvinte na modalidade oral, como exclusiva possibilidade lingüística, de maneira que seja presumível o uso da voz e da leitura labial, igualmente na vida social e na escola.
[...] O oralismo é uma abordagem que visa à integração da criança surda na comunidade ouvinte, enfatizando a língua oral dos pais (Goldfeld, 1997).
De acordo com Sá (1999), o oralismo, não consegue atingir resultados satisfatórios por ocasionar déficits cognitivos, corroborando a manutenção do fracasso escolar, provocando dificuldades no relacionamento familiar, não acolhe o uso da Língua de Sinais, discrimina a cultura surda e nega a diferença entre surdos e ouvintes.
A comunicação total leva em consideração as características da pessoa com surdez utilizando todo e qualquer recurso possível para a comunicação, a fim de potencializar as interações sociais, considerando as áreas cognitivas, lingüísticas e afetivas dos alunos.
Caracterizam a comunicação total a linguagem gestual