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Liberdade
Liberdade, que estais no céu... Rezava o padre-nosso que sabia, A pedir-te, humildemente, O pio de cada dia. Mas a tua bondade omnipotente Nem me ouvia. Liberdade, que estais na terra... E a minha voz crescia De emoção. Mas um silêncio triste sepultava A fé que ressumava Da oração. Até que um dia, corajosamente, Olhei noutro sentido, e pude, deslumbrado, Saborear, enfim, O pão da minha fome. Liberdade, que estais em mim, Santificado seja o vosso nome.
De que Serve a Bondade
De que serve a bondade Quando os bondosos são logo abatidos, ou são abatidos Aqueles para quem foram bondosos? De que serve a liberdade Quando os livres têm que viver entre os não-livres? De que serve a razão Quando só a sem-razão arranja a comida de que cada um precisa? Em vez de serdes só bondosos, esforçai-vos Por criar uma situação que torne possível a bondade, e melhor; A faça supérflua! Em vez de serdes só livres, esforçai-vos Por criar uma situação que a todos liberte E também o