Onipotência juvenil
O capítulo 6 do livro “A escola tem futuro?” discorre uma entrevista com Miguel Arroyo. Essa entrevista busca com a experiência de Arroyo no campo da Educação, entender as possibilidades existentes para o futuro na escola. Ele descreve como vê a escola e a forma como está se construindo. Destaca a forma descaracterizada como a escola se construiu, sendo que esta escola sempre foi uma escola para algo, não para alguém. Ao longo da entrevista, Marisa Costa faz perguntas sobre os projetos escolares de Miguel e suas objeções sobre o ambiente escolar. Em uma das respostas de Arroyo a Marisa, ele menciona a interferência cultural diante a Escola. Ele diz que o “ditado”, para se ter uma vida melhor tem que apostar na escolarização, é espelho de culturas e ideologias implantadas na sociedade. Arroyo ressalta a importância da escola não por ser um passaporte para uma vida melhor, mas sim, pelo real direito que se tem ao conhecimento, ao saber e a formação. Posteriormente, em outra de suas respostas, Miguel Arroyo destaca o paradoxo entre a escola e a docência. Ele acredita que esse paradoxo participa de outro paradoxo, que seria o dos direitos humanos. Na verdade, Arroyo deixa bem claro sua opinião sobre a escola, a docência e os direitos humanos; ele diz que o ser humano, a partir do direito que tem, esta sendo reduzido à condição de mercadoria, ou seja, o homem está tendo direito ao seu direito de acordo com a importância rentável que ele tem para o mercado. Por outro lado, na próxima pergunta respondida por Miguel, ele ressalta que o mercado se mostra pouco exigente em termos de escolarização, pois a cada dia, esse mesmo mercado utiliza imagens e símbolos para o consumismo crescente. Ele ainda acrescenta que a escola, mesmo não sendo impulsionada pela lógica de mercado, ainda é um símbolo de dignidade para setores populares da sociedade. Posteriormente, Miguel comenta sobre o movimento das Diretas Já e sua