OMS aula
AULA 01
1. A ORIGEM DAS ORGANIZAÇÕES
Antes de 1.500, a visão de mundo que prevalecia na Idade Média (de 400 a 1.400) era a visão orgânica, ou seja, vivenciava-se uma interdependência dos fenômenos materiais e espirituais e a subordinação das necessidades individuais às da comunidade. Toda a estrutura científica dessa visão orgânica de mundo estava embasada no naturalismo de Aristóteles e na fundamentação teórica de Platão e Santo Agostinho, que consideravam mais importantes as questões referentes a Deus, à alma humana e à ética.
Foi uma época em que se exigia o respeito cego às autoridades, aos textos bíblicos e aos gregos. Uma época de muita repressão, na qual, em termos científicos, pouco se inovou. Aquele que inovava ou discordava dos textos bíblicos arriscava-se a morrer queimado para se redimir das bruxarias e alquimias, provenientes de sua inovação.
A partir dos séculos XVI e XVII, iniciou-se uma mudança na natureza da ciência e do pensamento medieval. A visão de um mundo orgânico, vivo e espiritual foi sendo substituída gradativamente pela noção de um mundo máquina, composto de objetivos distintos, em função das revolucionárias mudanças na física e na astronomia, ocorridas depois de Copérnico, Galileu e Newton.
A partir desse período, iniciado no século XV e que os historiadores denominaram Idade Moderna, surgiu o Renascimento que recolocou o homem como centro do universo, período esse chamado de antropocentrismo. Com o Renascimento, o comércio começou a tomar força e com ele surgiram as grandes companhias de navegação, caracterizando-se pelos descobrimentos marítimos e como consequência o apogeu do mercantilismo, do racionalismo e o advento da experimentação científica.
De acordo com esse modelo de ciência, o homem, senhor do mundo, podia transformar a natureza, explorá-la, e ela deveria servi-lo, fazer-se escrava e obedecer. Sai o conceito de terra como mãe nutridora e entra o conceito de natureza supridora