Ombro

1. REVISÃO DE LITERATURA

A luxação do ombro (luxação glenoumeral) é a perda da relação anatômica normal entre a cabeça do úmero e a glenóide. Quanto à apresentação clínica, pode ser traumática, atraumática ou recidivante.

1.1 Apresentação Clínica

1.1.1 Traumática

A traumática ocorre após o mecanismo violento (impacto direto, queda, etc.) em pacientes com estrutura óssea e cápsula ligamentar previamente íntegros. Nesses casos, geralmente ocorre desinserção ou ruptura dos estabilizadores da articulação (do labrum, dos ligamentos gleno-umerais e da cápsula), o que pode levar à recorrência da patologia.

1.1.2 Atraumática

Na atraumática há alterações preexistentes que favorecem a luxação, mesmo na ausência de grande trauma. Ocorrem episódios de subluxações apenas, não havendo ruptura das estruturas anatômicas. Esses pacientes geralmente apresentam hipermobilidade geral em outras articulações (polegar, joelho, etc.). Todo o conjunto capsular é considerado maior que o normal, permitindo um movimento articular excessivo de translação. A subluxação pode ter direção anterior, posterior ou inferior, este tipo de instabilidade pode ser voluntária ou involuntária.

1.1.3 Recidivante
A recidivante ocorre em torno de 50% dos casos de uma luxação traumática inicial, o que leva a ocorrência de novas luxações determinadas por traumatismos de menor intensidade. Pode ser originada apenas por um simples mau jeito após uma noite de sono. A instalação de um quadro de luxação recidivante do ombro depende de muitos fatores: a idade do paciente, a mais importante, pois quanto mais cedo ocorre a primeira luxação, maior será a possibilidade de novas luxações ocorrerem, a intensidade do trauma inicial, o tipo e tempo de duração da imobilização e a reabilitação funcional.

Figura 01 – Ombro direito