Olá, redação, muito prazer
Eduardo de Castro Gomes1
Resumo
Este artigo é um complemento do texto “Os mitos e os ritos por trás das letras”, no qual foi discutido o ensino da gramática e da redação. Trata do assunto
“escrever”, tendo como objeto de estudo a motivação para a prática da escrita.
Como referencial teórico, este texto estabelece um “diálogo” entre Luis Carlos
Cagliari 2 e Maria Augusta Rossini3, entre outros.
Palavras-chave: aprendizagem, escrita, motivação.
Introdução
Quando temos na cabeça um assunto, em toda parte topamos com referências a ele. E é isso mesmo: escrever é uma obsessão, paixão. É ter um título, problema-tema-hipótese, e viver com ele essa paixão amorosa o dia todo. Dorme-se com ele [...]. Acordamos com ele [...]. Gostaríamos, talvez, de ter um tempão só para escrever. Não adianta, não o temos e se o tivéssemos duvido que escrevêssemos melhor [...]
[...] Há gente que não começa alegando precisar de tempo. [...] Falta tempo ou falta paixão?
Mário Osório Marques, 2001, p. 15
Este texto emotivo de Marques levou à conclusão de que este artigo surgiu de um paradoxo: a falta de motivação para escrever. A vivência em sala de aula nos ensinos médio e superior mostrou ao autor deste que o exercício da escrita, para a maioria dos alunos, não se constitui apenas em problemas de ortografia, gramática e conhecimento dos temas propostos. Falta motivação, ou paixão no aluno, pelo ato de escrever. Também falta aos professores a descoberta disso, para que conheçam alternativas na busca de melhores resultados nos testes de redação.
1 Professor da área de comunicação e linguagens midiáticas do Centro de Educação a Distância da Universidade Federal do
Amazonas, graduado em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo e Mestre em Educação (Ufam).
2 Professor na área de linguística, com especialidade em fonética. É professor-adjunto no Departamento de Linguística da
Faculdade de Ciências e Letras da UNESP de Araraquara e livre-docente e professor