Olimpíadas
Na Grécia antiga, o calendário era medido de quatro em quatro anos, denominado olimpíada. Essa expressão nasceu em Olímpia, região localizada a noroeste de Peloponeso, entre os rios Alfios e Kladios. Em 1.500 a.C., ao se encerrar um calendário (uma olimpíada), os responsáveis pela cidade organizavam uma festa cívica e religiosa, homenageando os mortos desse período. A festa era sempre na primeira lua cheia de verão, durando um dia e uma noite. No início da cerimônia, sacerdotisas acendiam uma chama no altar de Hera (filha de Rhea e irmã de Zeus - pai de todos os deuses) e vários rapazes competiam em uma corrida a pé pela cidade pelo privilégio de carregar a tocha com a chama até o altar.
Como a Grécia não era uma nação, cada clã organiza as suas cerimônias e competições. Em Delfos, eram disputados os Jogos Pítícos, em honra a Apolo, o deus da beleza. Em Corinto, eram os Jogos Ístmicos, em homenagem a Posêidon, o deus das águas. Em Argos, os Jogos Nemeus, em honra a Zeus.
Em 67 a.C. o louco Nero ganhou o prêmio da quadriga, depois de ter ameaçado seus adversários. Ele ainda exigiu ganhar o prêmio de poesia. Com isso, os jogos perderam todo o conceito que tinham de ética e moral. Em 390, em Tessalônica, foi feita uma celebração circense, uma festa paga, com toda a libertinagem permitida. Provocados por gregos humilhados, os romanos incendiaram moradias e espancaram a população. Autorizados pelo imperador de Roma, Teodósio I, os romanos massacram mais de 7.000 helênicos.
Em 388, os godos de Alarico devastaram Olímpia. Mais de um século depois, os bárbaros do centro-leste da Europa invadiram Roma e suas províncias da Grécia. Seqüestraram a estátua de Zeus, considerada uma das sete maravilhas do mundo antigo, que ainda era adorado em Olímpia. Toda de marfim, em um suporte de barras de ouro puro, a estatua tinha 18 metros de altura e pesava duas toneladas. Durante anos, foi mantida intacta pelos bárbaros que, em 491, tocaram fogo em Zeus, com a própria