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Ação federal vai mobilizar até 1.800 homens e será liderada pela Brigada Paraquedista
RAPHAEL GOMIDE
28/03/2014 17h25 - Atualizado em 28/03/2014 17h26 inShare O Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. A ação do exército começa no domingo (5) Foletto/ Agência O Globo)
Na semana passada, o governador do Rio, Sérgio Cabral, pediu ajuda das Forças Armadas, em meio à crise provocada pelos ataques de criminosos a policiais e UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora). A resposta do esforço conjunto estadual e federal começará efetivamente na madrugada deste domingo, com a ocupação do Complexo da Maré, em 15 favelas. Diferentemente do que se esperava, caberá às polícias Militar e Civil do Rio a primeira grande operação de tomada na região, habitada por 130 mil pessoas, e não ao Exército.
O Exército só chegará para assumir o controle do complexo no dia 5 de abril. Inicialmente, as tropas da Força Terrestre deverão ficar na Maré até julho, mês da Copa do Mundo. Há, no entanto, a possibilidade de permanecerem até o final do ano – o Exército duvida que o período se resuma aos quatro meses. A Brigada de Infantaria Paraquedista, unidade de elite e de pronto-emprego do Comando Militar do Leste, vai liderar a primeira fase. Cerca de 1600 a 1800 soldados devem ser mobilizados, até a PM conseguir implantar uma UPP no local, com 1.500 policiais.
Neste domingo, as unidades estaduais empregadas na reconquista da Maré para o Estado serão o Bope, o Batalhão de Choque, o Grupamento Aeromóvel e o Batalhão de Ações com Cães, além da Polícia Civil, com apoio da Polícia Rodoviária Federal. Trata-se de uma ação “interagências”, no jargão militar. O aparato no terreno deve reunir 1100 agentes. Para penetrar no conjunto de favelas, os policiais vão contar com oito a dez veículos blindados dos Fuzileiros Navais e lanchas, emprestados da Marinha, repetindo o modelo de sucesso das ações nos complexos do Alemão/Penha e na