OF18 Paulo Roberto Fitz
2221 palavras
9 páginas
Anais XVI Encontro Nacional dos GeógrafosCrise, práxis e autonomia: espaços de resistência e de esperanças
Oficinas
Paulo Roberto Fitz (coord.)
Seção Porto Alegre e-mail: fitz@unilasalle.edu.br material necessário: data-show; tela para projeção; extensão/adaptador.
GEOGRAFIA TECNOLÓGICA: UMA NOVA MANEIRA DE PENSAR GEOGRAFIA
RESUMO
As questões epistemológicas sempre ocuparam lugar de destaque no âmbito da ciência geográfica. Na busca por uma sociedade mais justa, através de uma crítica social, a Geografia percorreu caminhos que, por vezes, a afastaram do centro das decisões. Tal situação traz consigo preocupações que talvez demonstrem um certo esgotamento do modelo atual, especialmente no que diz respeito à aplicabilidade da ciência frente a questões relacionadas à crise enfrentada pelo capitalismo nos dias de hoje. Alternativas para revigorá-la podem ser o primeiro passo para um redirecionamento que forneça à Geografia a capacidade necessária para propor soluções plausíveis, com vistas à discussão e à resolução de problemas na estrutura de nossa sociedade. Para isto, sugere-se uma abordagem baseada no que denominou-se de Geografia
Tecnológica, a qual procura integrar, dentro de uma concepção humanística, os avanços tecnológicos com o objeto de estudo e com determinados preceitos metodológicos da ciência geográfica. Esta oficina pretende apresentar algumas considerações a respeito dos temas envolvidos a fim de se gerar discussões e proposições em torno dos mesmos. Serão apresentados exemplos de aplicação de metodologias de ação a fim de fornecer um caráter mais pragmático à ciência, buscando aproximá-la de seu objeto de estudo, em termos de aplicabilidade prática e eficiente, mas nunca afastando-se de seu viés social e ambiental.
1 INTRODUÇÃO
Concebida na área das humanidades, a Geografia possivelmente sofra as agruras intrínsecas ao seu próprio caráter científico-metodológico. As dificuldades em superar obstáculos internos podem, muitas vezes, impedir adequações