odontoblástos

Odontoblastos
Os odontoblástos são as células mais diferenciadas da polpa dentária. Eles formam uma camada única na sua periferia e sintetizam a matriz que é mineralizada e origina a dentina. Têm a sua origem nas células mais periféricas da papila dentária sendo provavelmente formados através de mecanismos de indução, produzidos por células do epitélio interno do órgão do esmalte. Este mecanismo de indução origina o alinhamento dos odontoblastos na periferia da polpa, através de uma camada contínua, em paliçada, com cerca de seis a oito células de espessura.
Após a camada em paliçada encontra-se a zona subodontoblástica, que se apresenta pobre em células, mas bastante rica em vasos e nervos. Os odontoblastos possuem um extenso reticulo endoplasmático, um aparelho de Golgi proeminente e apresentam uma intensa atividade enzimática. Uma das principais particularidades destas células é o facto de manterem projecções do seu citoplasma no interior da dentina já formada.
Tais projeções denominam-se fibras de Tomes ou processo odontoblástico, onde cada uma ocupa o interior de um canalículo dentinário. São células que no início da sua diferenciação são cuboides, mas por último adquirem aspecto colunar. Na parte coronal do espaço da polpa, os odontoblastos são numerosos e relativamente grandes sendo colunares (cilíndricos) quanto à forma. Na porção cervical e na porção média da raiz, a sua quantidade é menor e quanto à forma apresentam-se achatados. Geralmente a morfologia das células reflete a sua atividade funcional onde as grandes células têm a capacidade de produção de maior quantidade de matriz. Os odontoblastos são células terminais e como tal não sofrem mais divisões celulares. No decorrer do seu período de vida, que pode ser igual ao período de vitalidade da polpa, eles percorrem fases funcionais, de transição e de repouso, sendo todas as fases representadas pela diferença de tamanho das