Octávio lanni
BiografiaEditar
Octavio Ianni formou-se em ciências sociais na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, em 1954. Logo após a formatura, integrou o corpo de assistentes da Faculdade, na cadeira de Sociologia I, da qual Florestan Fernandes era o titular.
Foi um pensador devotado à compreensão das diferenças sociais, das injustiças a elas associadas e dos meios de superá-las.
Aposentado pelo AI-5 (e proibido de dar aulas na USP), foi para a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), integrou a equipe de pesquisadores do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), foi professor visitante e conferencista em universidades norte-americanas, latino-americanas e européias. Em 1997 retorna à Universidade de São Paulo como Professor Emérito, com indicação do então Decano da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, amigo e discípulo, professor Dr.Sedi Hirano. Contudo, devido à indisposição de alguns colegas, preferiu não voltar às salas de aula naquela Universidade, a exemplo da decisão de Florestan anos antes, após ter sofrido hostilidades no "prédio do meio". Voltou às salas de aula na universidade pública como professor na Universidade Estadual de Campinas, onde também recebeu o título de Professor Emérito.
Ianni participou da chamada Escola de Sociologia Paulista, que traçou um panorama novo sobre o preconceito racial no Brasil e formulou uma agenda específica de estudos sobre o desenvolvimento e o subdesenvolvimento econômico no Brasil. Ao lado de Florestan Fernandes e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, é considerado um dos principais sociólogos do país. Nos últimos anos, dedicou seus estudos à globalização.
Suas principais obras são: "Cor e Mobilidade Social em Florianópolis" (1960, em colaboração com Fernando Henrique Cardoso), "Homem e Sociedade" (1961, em colaboração com Fernando Henrique Cardoso),