Obrigado por fumar

Obrigado Por Fumar
O cenário: EUA. O ano: 2005. Nick Naylor (Aaron Eckhart) é o porta-voz chefe da
Academia de Estudos do Tabaco, um grupo que defende os interesses dos conglomerados de cigarros dos EUA. E sua missão é convencer a mídia, e por conseguinte, a população, de que os males provocados pelo fumo não são tão corrosivos à saúde.
Profissional de assessoria, Naylor possui uma retórica intocável e uma capacidade de convencimento que, aliada ao cinismo e sarcasmo do filme, é fascinante e ao mesmo tempo assustadora. Segundo o lobista, o motivo para a sua defesa incondicional ao cigarro baseia-se na necessidade de “pagar o mercado”.
Logo, deixando de lado princípios éticos, ele utiliza-se de artifícios para manipular informações e fazer com que a sociedade acredite que os males do cigarro possam ser
“menores”. E as trapaças para esse “convencimento social” envolvem diretamente a mídia: o lobista participa de debates na TV, programas de entrevistas, e consegue ainda convencer
Hollywood a realizar um filme que propague o hábito do fumo, associando-o ao sexo e à jovialidade. Tudo isso, ressalta-se, para “pagar o mercado”. Um mercado que privilegia Naylor, e que faz dele um verdadeiro astro da arte do convencimento. E é por causa desse sucesso que a jovem e bela repórter Heather Holloway (Katle Holmes) decide entrevistar Nick Naylor. Uma entrevista que começa sem maiores novidades, num barzinho de Nova Iorque, mas que culmina com duas noites de sexo, que rendem à repórter altas confissões por parte do lobista.
A partir dessas confissões, publicadas em primeira página no The Washington Probe, a carreira de Naylor se desintegra. Seus chefes o despedem, já que o vazamento das informações sigilosas (dentre elas, o filme com apologia ao cigarro, e um caso de tentativa de suborno) afetariam de vez a credibilidade da Academia de Estudos do Tabaco.
Mas Naylor não se deixa abater. Sempre apoiado por seu filho Joey (Cameron Bright), um garoto precoce