Objetivos da departamentalização
Imaginemos uma só pessoa criando uma organização. Com o tempo, outra pessoa é contratada, pois o serviço aumentará e apenas uma não conseguirá encontrar tempo para o desempenho do seu trabalho. Mais algum tempo e mais pessoas são contratadas. Enquanto é possível, as ordens são dadas verbalmente, o que não é difícil, já que todos estão próximos uns dos outros. Mais algum tempo e passa a existir certo conflito, porque o chefe superior havia dito a fulano para dizer a outro fulano que tal e tal coisa deveriam ser feitas ainda naquele dia. E nasce a cadeia de comando, a hierarquia com base na divisão do trabalho. March e Simon partem de um pressuposto semelhante: se uma organização é criada é porque houve um objetivo e; para cumprir esse objetivo, algumas tarefas têm de ser realizadas. Tais tarefas, dizem os autores, “normalmente compreendem atividades produtivas básicas, atividades auxiliares, atividades de coordenação, atividades de supervisão etc.". A dificuldade está em conciliar essas atividades em funções de caráter individual, colocá-las em unidades burocráticas e, depois, criar outras unidades de responsabilidade superior até as unidades de direção. Tendo sempre a perspectiva do menor custo possível.
Poderíamos conceituar departamentalização dizendo que é o processo de agrupar atividades em frações organizacionais definidas seguindo um dado critério, visando à melhor adequação da estrutura organizacional e sua dinâmica de ação.
Essa conceituação dá a idéia da responsabilidade que alguém assume ao propor formas e formas de reunir atividades em unidades. A má compartimentação conduzirá a danos, às vezes, irreparáveis.
Os objetivos de departamentalização são os seguintes:
a) Aproveitar a especialização. Isto é, saber "tirar partido" da qualificação das pessoas, aumentando a eficiência de cada uma, em proveito das pessoas e da própria organização.
A especialização, segundo Newman, é uma característica generalizada na