Objetivo
Em vez de dividi-la, dois povos irmãos disputam a Terra Santa. Judeus e árabes vivem em pé de guerra. O conflito é longo e, muitas vezes, o pavio é curto. O uso da violência só aumenta o número de mortos e a distância para se chegar ao entendimento. Aos olhos da comunidade internacional, tanto um quanto o outro têm direito a uma Nação independente. Mas os atos terroristas, dos palestinos, e a ocupação de território, praticada por Israel, impedem que os dois povos, de origem semita, tenham também o mesmo destino: a paz.
Pense em um povo que tenha sido expulso e exilado de sua terra natal. Pense em um povo vítima de perseguições e ódio. Pense em um povo confinado em guetos e campos de refugiados. Pense em um povo que resiste e luta para assegurar o direito legítimo a um território, um Estado, enfim, para se tornar uma Nação como qualquer outra.
É muito provável que o povo judeu lhe venha à mente. Afinal, obrigado a deixar a Palestina há cerca de 2 mil anos, tornou-se estrangeiro em sua própria terra. Imigrantes, foram alvo de perseguição na Europa, vítimas do anti-semitismo na Segunda Guerra Mundiais, e detidas em guetos e campos de concentração. Sobre eles se abateu o mais terrível massacre do século XX, o holocausto. Em 1948, um ano após a resolução da ONU, que dividiu a Palestina em duas, era finalmente criado o Estado de Israel.
Mas cinco países árabes, inconformados com a partilha, invadiram Israel logo após sua fundação. Os invasores perderam a guerra, e os palestinos, parte de seu território. Regiões que lhes cabiam de acordo com a decisão da ONU - a Faixa de Gaza e a Cisjordânia - ficaram com o Egito e a Jordânia, respectivamente. Os países árabes teriam impedido a formação dos dois estados na Palestina? Para o sociólogo francês Edgar Morin, "o Estado judeu foi rejeitado pelo mundo islâmico, ameaçado de morte desde o nascimento e sobreviveu graças à vitória sobre inimigos que atuavam em aliança". Outro conflito armado que