obesidade
OBESIDADE É O EXCESSO de tecido adiposo no organismo, sendo considerada uma doença crônica e inter-relacionada direta ou indiretamente com algumas outras situações patológicas contribuintes da morbi-mortalidade como as doenças cardiovasculares, osteomusculares e neoplásicas.
O excesso de peso atinge cerca de 1/3 da população adulta e apresenta uma tendência crescente nas últimas décadas (1,2), mesmo entre as pessoas idosas (3).
Há uma prevalência maior de obesidade entre as mulheres, inclusive nos idosos (4,5). Em ambos os sexos, seu maior pico ocorre entre 45 e 64 anos (1).
Apesar da alta acurácia dos métodos complementares, o seu alto custo e a complexidade operacional dificultam a utilização rotineira destes métodos na abordagem da obesidade. As medidas antropométricas representadas pelo Índice de Massa Corpórea (IMC), Razão Cintura-Quadril (RCQ) e Circunferência Abdominal (CA) representam uma maneira racional e eficiente de se presumir o volume e a distribuição de gordura, devendo assim ser utilizadas na prática clínica cotidiana (6).
É considerado obeso o indivíduo que apresenta IMC maior ou igual a 30kg/m2. O nível de definição de obesidade não se diferencia na população idosa, apesar de uma tolerância maior dos idosos com o aumento de IMC, podendo assim a obesidade ser definida em um patamar de IMC mais elevado nesta faixa etária (7).
Além do volume de tecido gorduroso corpóreo total, o padrão de distribuição central deste tecido gorduroso apresenta uma correlação com algumas patologias até de maneira independente da obesidade global, como o DM e as doenças cardiovasculares (6).
A RCQ é um dos indicadores mais utilizados no diagnóstico de obesidade central, sendo que os valores esperados são variáveis dependendo da técnica da medida, do sexo e da idade. Na população em geral, podem ser considerados portadores de obesidade central os indivíduos que apresentarem RCQ> 0,9 no sexo