Obesidade
Os artigos de jornais e internet têm como principal tema a obesidade, um problema que vem se agravando no Brasil.
Esta epidemia da obesidade se contrapõe ao problema da fome, que há algum tempo era a maior preocupação do Governo Federal. De acordo com a FAO, a fome, que é fruto da desigualdade social, é um problema que atinge 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. Muitos esforços têm sido realizados para sanar esta grande mazela da sociedade mundial, sendo que as tecnologias na produção de alimentos têm como grande objetivo garantir produtividade a um preço acessível. Desta forma, o Brasil é hoje o segundo maior produtor de alimentos do mundo, atrás dos Estados Unidos.
É possível relacionar o avanço da produção de alimentos, aliado às novas tecnologias, com o aumento da obesidade no Brasil? Provavelmente sim, pois atualmente se veem muitos produtos industrializados, tais como sobremesas lácteas gordurosas, biscoitos com excesso de sódio e gordura, sucos e néctares de fruta de “caixinha” com excesso de açúcar, sendo comercializados sem qualquer tipo de restrição. Além do mais, o aumento do consumo de alimentos altamente calóricos e ricos em gordura, sal e açúcar, pobres em nutrientes, juntamente com o sedentarismo, aumento da urbanização, dentre outros fatores socioculturais, fazem com que o sobrepeso e a obesidade sejam encontrados frequentemente nas nações de média e baixa rendas.
Infelizmente, a tendência é de que o problema da obesidade piore, pois segundo Estela Renner, que lançou em novembro de 2012 o documentário “Muito além do peso”, já existe no Brasil uma geração de crianças condenadas à mortalidade prematura ou morbidade devido aos maus hábitos alimentares. A diretora do documentário também afirma que 56% dos bebês brasileiros com menos de um ano de idade tomam refrigerantes, um dado bastante surpreendente.
Devido a esta crescente obesidade infantil, o senado aprovou um projeto que proíbe as cantinas