Obesidade e Bioética
Uma pesquisa recente do Ministério da Saúde mostrou um crescimento significativo no número de obesos no país e apontou que mais da metade dos brasileiros está acima do peso ideal.
Porém, com a obesidade e o sobrepeso, vêm também diversas dificuldades, como o preconceito e as limitações no dia a dia – apesar dos números crescentes, os estabelecimentos, companhias aéreas e fabricantes de carro e ônibus, por exemplo, ainda não têm estrutura para acomodar essas pessoas sem que elas se sintam excluídas.
No Bem Estar desta quarta-feira (11), o endocrinologista Alfredo Halpern e o psiquiatra Arthur Kaufman explicaram que, para quem luta todo dia contra a balança, não é fácil superar os olhares nas ruas, vencer o preconceito e, com isso, decidir mudar.
Muitas pessoas precisam de um fator decisivo na vida ou um incentivo de alguém para tomar coragem e mudar o estilo de vida, como mostrou a reportagem do Phelipe Siani.
No entanto, até o resultado aparecer, é importante saber lidar com o preconceito em atividades simples do dia a dia. Entre os problemas mais comuns de quem está com sobrepeso, estão a dificuldade para conseguir emprego, os olhares na fila do restaurante por quilo, a entrada no elevador, festas de aniversário e até mesmo a academia – muitos, inclusive, desistem de se exercitar por causa do desconforto que sentem.
Há uma minoria no país que é altamente discriminada e que sequer é reconhecida e organizada como uma minoria. Estou falando dos obesos mórbidos.
Considerada atualmente uma doença pela medicina, é fácil identificar a obesidade mórbida. Basta dividir o peso da pessoa por sua altura elevada ao quadrado. Se o número encontrado estiver acima de 39, a obesidade mórbida existe – e com ela os possíveis problemas de saúde relacionados. Mas há um mal ainda pior e pouco falado quando o assunto é obesidade: o preconceito.
O obeso sente que a sociedade, quando não o ignora, o agride. A começar pelo