Obesidade na adolescência
Os países desenvolvidos têm concentrado seus esforços, na área de saúde pública, na prevenção das doenças não transmissíveis. Para tanto, ênfase tem sido dada à redução da obesidade, modificação do padrão alimentar e redução do sedentarismo (LUIZ et al., 2010). Os resultados obtidos em relação á redução da obesidade são, contudo desencorajadores, dado que a prevalência de sobrepeso e obesidade, em países como os Estados Unidos, tem sido crescente (SUNÉ et al., 2007). A obesidade é considerada uma epidemia devido ao grande aumento de pessoas com sobrepeso no mundo. No Brasil, por exemplo, a obesidade infantil e posteriormente na adolescência cresceu nada menos de que 240% nos últimos 20 anos. Os adolescentes apresentam altos índices de comportamento de risco, como o decréscimo do hábito regular de atividade física, hábitos alimentares irregulares e transtornos psicológicos (SOARES e SOUZA, 2008). Considerada como um dos principais problemas de Saúde Publica nos países desenvolvidos, a prevalência da obesidade vem aumentando de forma significante também naqueles em desenvolvimento, onde geralmente coexiste a desnutrição (MORAES et al., 2006). A obesidade é uma doença crônica, multifatorial, em que ocorre uma sobreposição de fatores genéticos e ambientais (SILVA, 2010). Pode ser definida como o acúmulo de tecido gorduroso localizado ou generalizado, provocado por um desequilíbrio nutricional associado ou não a distúrbios genéticos ou endócrino-metabólicos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLISMO - SBEM , 2005). Vários fatores são importantes na gênese da obesidade, como os genéticos, os fisiológicos e os metabólicos. No entanto, os que poderiam explicar este crescente aumento do número de indivíduos obesos parecem estar mais relacionados às mudanças no estilo de vida e aos hábitos alimentares (OLIVEIRA e FISBERG, 2003). O aumento no consumo de alimentos ricos em açúcares simples e gordura, com