Obediência e milgram
Stanley Milgram interrogava-se sobre o processo que teria levado os militares alemães a exterminarem milhões de judeus e desenvolveu, assim, uma experiência no âmbito da influência social: a submissão á autoridade.
O investigador recrutou um grupo de voluntários entre os 20 e 50 anos de idade, de diferentes classes socioeconómicas, que, efetuariam uma experiência sobre a memória.
O experimentador esclarecia os candidatos selecionados que pretendia avaliar o efeito da punição na aprendizagem. Os candidatos eram organizados aos pares, simulava-se um sorteio para determinar quem seriam os “professores” e quem seriam os “alunos” que colaboravam na experiência, seguindo as instruções que lhes eram dadas. Os “alunos” eram presos a uma cadeira e reproduziam uma lista de palavras que eram lidas e sempre que dessem uma resposta errada, o “professor” infligia-lhes uma descarga elétrica de diferentes voltagens que iam de um choque leve a um choque violento. O experimentador ordenava aos “professores” que aumentassem a descarga elétrica a cada erro dado pelos “alunos” mas a descarga nunca aumentava verdadeiramente e era inofensiva.
Os “alunos” simulavam a dor gritando sempre que eram alvo dos choques, cada vez mais intensos, até, depois de suplicarem para serem libertados, deixarem de reagir.
Cerca de 62,5 % dos sujeitos continuavam a ativar os choques até á máxima voltagem, obedecendo às orientações do experimentador. Muitos dos indivíduos obedientes manifestavam grande ansiedade mas continuavam a obedecer.
Após a experiência, os indivíduos obedientes foram entrevistados e afirmaram que não tiveram escolha, que obedeciam ás ordens dadas. Estas respostas eram semelhantes a muitas dadas por guardas e oficiais nazis.
Esta experiência e outros estudos realizados levaram Milgram a concluir que há condições que favorecem o comportamento obediente: * A proximidade com a figura de autoridade
Quanto mais próxima estiver a figura de autoridade, maior é a