Não se pode mendigar amor
Mar 2nd, 2012 @ 03:38 pm › Paulo Franklin
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Amar e ser amado são as maiores necessidades do ser humano. Uma vida sem amor é comparada a uma bela flor trancafiada num quarto escuro, em pouco tempo perecerá por falta do sol. A necessidade de amar nos faz dependentes uns dos outros e nos mostra que a solidão é o prêmio dos covardes, dos que temem a dor e se privam de experimentar o amor.
Somos carentes de dar e receber amor, mas não podemos obrigar as pessoas a nos amarem. Amor é doação; ninguém pode se sentir obrigado a dá-lo ao outro. O sentimento livre constrói pontes e nos leva ao encontro das pessoas.
Mendigamos amor quando deixamos de ser quem somos para agradar quem exige que nos tornemos a pessoa que ele quer que sejamos. O verdadeiro amor reside no respeito à individualidade do outro. Se é verdadeiro, sabe respeitar a individualidade. Sempre que abandonamos nossa casa interior para habitar a casa do outro, estamos, de certa forma, mendigando amor, deixando de ser aquilo que realmente somos.
Imploramos por afeto quando traímos nossos ideais para abraçar os sonhos frustrados de alguém. É como a jovem com futuro promissor que desiste de estudar para viver uma aventura desnaturada com um homem que diz amá-la. Quem desiste de sonhar com coisas reais para viver um conto de fadas certamente está também implorando amor.
A castidade nos ensina a amar
Nós nos humilhamos por amor quando deixamos de lado as pessoas que nos são especiais para correr atrás de um amor desfigurado; belo por fora, mas pobre por dentro. Há muitos que deixam suas casas e partem em busca das caricaturas de amor que o mundo oferece. Confundem prazer com amor, com felicidade. Geralmente, abandonamos quem nos ama de verdade para ir atrás de quem nos vê como objetos.
“Somos carentes de dar e receber amor, mas não podemos obrigar as pessoas a nos amarem.”
Mendigamos amor quando reservamos todo nosso tempo para a pessoa que dizemos