Não Põe Corda no meu bloco
A Gramática Tradicional, doravante, GT tem suas origens na Grécia e no Egito, seu intuito primordial era a preservação da língua.
"Para alcançar seu objetivo, aqueles estudiosos, chamados filósofos, resolveram descrever as regras gramaticais empregadas pelos grandes autores clássicos para que elas servissem de modelo para todos os que, a partir de então, quisessem escrever obras literárias em grego. Foi assim que nasceu a gramática, palavras grega que significa exatamente” arte de escrever “. Esse campo de estudo voltado apenas para os usos literários dos grande autores ao passado recebe hoje, o nome de Gramática Tradicional (G.T. para os íntimos)".
Embora a escrita e a fala sejam códigos diferentes, não significa dizer que não haja interferência e influencia entre ambos. A língua falada interfere na escrita. A variante principia na fala e com o decorrer do anos modifica a escrita.
Ao se dedicar exclusivamente à língua escrita, a GT deixou de fora toda a língua falada. O que não foi uma atitude muito inteligente. Se analisarmos o nosso dia-a-dia veremos que falamos muito mais que escrevemos. Sem contar que em pleno século XXI, milhões e milhões de pessoas falam, mas não sabem escrever.
Nossos livros escolares de GT estão repletos de exemplos, exemplos colhidos a dedo, de velhos escritores em sua maioria, portugueses. E esse o falar do brasileiro? Não vemos um estudo dirigido aos alunos de exemplos tirados da Norma Culta Urbana. Antes do Projeto NURC essa era uma imensa lacuna no Estudo da Língua Portuguesa.
A Gramática Tradicional nunca teve meios para estudar a língua sob enfoque cientifico, limitou-se ao estudo de regras isenta de compromisso cientifico para explicá-las, marcos Bagno diz que quando se trata de língua, só se pode qualificar de erro aquilo que comprometa a comunicação entre os interlocutores.
Por trás de cada língua existe um povo.