Não ao senso comum
Podemos identificar o senso comum nesta reportagem, como a maneira das pessoas pensarem sobre a saúde brasileira. O senso comum contribui para que a ciência progrida a partir de dificuldades que emergem no dia-a-dia das pessoas. Contextos socioculturais diferentes permitem comunidades diversas experimentarem vivências únicas, formularem suas visões de mundo e, a partir destas, desenvolverem maneiras de viver. O senso comum é a maneira igual de a sociedade pensar. Por exemplo, quem diz que “melancia com vinho faz mal” está espalhando um senso comum, no qual muitas pessoas acreditam, mas quem testa, percebe que é um simples boato.
Sempre criticamos o governo como o culpado do mau atendimento, mas acabamos não percebendo que é o trabalhador em si que não está “afim” de nos atender. Mas por quê? Os pacientes e usuários não são os únicos não bem atendidos, e muitas vezes não existem recursos no postinho de saúde disponível, muitos profissionais também não são bem atendidos e muito menos bem pagos, e ainda acabam escutando criticas de pacientes sobre o local, assunto que não tem a ver com o trabalhado, que o acaba estressando.
Ao longo dos anos, fomos obrigados a aceitar sermos maus atendidos, a falta de recursos, a incapacidade profissional, que, por não criticarmos ou reclamarmos desta situação, passou a ser normal, e acabamos criando um senso comum, o senso comum do “foi o que deu pra fazer”, “vou tentar meu máximo”, “é melhor que nada”.
Tão cedo nós não veremos uma ligação de saúde com atendimento ótimo durante todos os dias, médicos capacitados e disponíveis sempre que precisássemos e recursos possíveis a toda hora. Não até toda sociedade perceber que somos nós que devemos mudar essa realidade, quando começarmos a abdicar nossos direitos com força de vontade e uma “bomba” de críticas, porque não aceitam nossos pedidos sem termos uma grande variedade de exemplos e reclamações compostas de conteúdo.
Este ciclo vicioso formado, não nos deixa