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veículos em alta velocidade, sabemos perfeitamente medir a distância e a velocidade do automóvel que vem em nossa direção. Até hoje não
conhecemos ninguém que usasse máquina de calcular ou fita métrica
para essa tarefa. Esse tipo de conhecimento que vamos acumulando no
nosso cotidiano é chamado de senso comum. Sem esse conhecimento
intuitivo, espontâneo, de tentativas e erros, a nossa vida no dia-a-dia
seria muito complicada.
A necessidade de acumularmos esse tipo de conhecimento
espontâneo parece-nos óbvia. Imagine termos de descobrir diariamente
que as coisas tendem a cair, graças ao efeito da gravidade; termos de
descobrir diariamente que algo atirado pela janela tende a cair e não a
subir; que um automóvel em velocidade vai se aproximar rapidamente de
nós e que, para fazer um aparelho eletrodoméstico funcionar, precisamos
de eletricidade.
O senso comum, na produção desse tipo de conhecimento,
percorre um caminho que vai do hábito à tradição, a qual, quando
estabelecida, passa de geração para geração. Assim, aprendemos com
nossos pais a atravessar uma rua, a fazer o liqüidificador funcionar, a
plantar alimentos na época e de maneira correta, a conquistar a pessoa
que desejamos e assim por diante.
E é nessa tentativa de facilitar o dia-a-dia que o senso comum
produz suas próprias “teorias”; na realidade, um conhecimento que,
numa interpretação livre, poderíamos chamar de teorias médicas, físicas,
psicológicas etc. [pg. 17]
SENSO COMUM: UMA VISÃO-DE-MUNDO
Esse conhecimento do senso comum, além de sua produção
característica, acaba por se apropriar, de uma maneira muito singular, de
conhecimentos produzidos pelos outros setores da produção do saber
humano. O senso comum mistura e recicla esses outros saberes, muito
mais especializados, e os reduz a um tipo de teoria simplificada,
produzindo uma determinada visão-de-mundo.veículos em alta velocidade,