nzcdz

634 palavras 3 páginas
Se tomarmos o documentário como ponte refl exiva, mais uma vez, as escolhas do sujeito são registros de ambivalências entre um modelo de juventude globalizada em contraste com a gravidez realizada. Embora o fi lme explore pouco o tema da identidade pessoal (Quem sou eu? Quais são minhas redes de conectividades?) - é pelas relações familiares, que as ambivalências da identidade se apresentam. O que se espera dos jovens? A sociedade produz um modelo hegemônico de modos de sentir, de pensar, de viver, “mais adequado” em relação a eles. No entanto, por exemplo, quando olhamos o gênero, meninas que vêm de uma condição de pobreza, têm de lidar com os enquadramentos de fi liação social, ao mesmo tempo em que podem rejeitar esses mesmos modelos. No tempo presente, mais e mais meninas rompem com o modelo cultural e engravidam, quer seja pelo excesso de estímulos, diminuição do tempo da infância, quer seja pela permeabilidade de trânsito no mundo dos adultos. Muitas tomam as interdições como um estímulo e uma fronteira a ser vencida, de modo que experimentar a sexualidade pode ser uma forma de romper ou aderir a certo modelo de identidade juvenil global. Se acreditarmos que, quando engravidam, subvertem uma ordem moral, isso acarreta um impacto em suas vidas, de cunho específi co, por serem pobres e mais vulneráveis socialmente, já que a família e a sociedade passam a encará-las como um problema a ser solucionado. Isso seria uma emancipação precária que se produz em nome do prazer do corpo. Aqui, não há um desfecho que possa expressar um fi m de história. Mais e mais meninas, para além de Meninas, são imagens cheias de movimento e colorido, de difícil apreensão, exigentes em seus enquadramentos e enfrentamentos de vida.Se tomarmos o documentário como ponte refl exiva, mais uma vez, as escolhas do sujeito são registros de ambivalências entre um modelo de juventude globalizada em contraste com a gravidez realizada. Embora o fi lme explore pouco o tema

Relacionados