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Silêncio dentro da sala de aula
Resumo: Este artigo tem como propósito apresentar os resultados de um estudo sobre as seguintes questões: como se constitui o silêncio dentro do ambiente escolar e em que momentos ele atrapalha ou ajuda nas aprendizagens dos sujeitos no processo educativo. A pesquisa é de cunho qualitativo e foi desenvolvida em uma escola de ensino fundamental da rede municipal de Osório, cidade do litoral norte do Rio Grande do Sul. A coleta de dados foi realizada através de entrevistas a professores e a alunos das séries iniciais e observações em sala de aula para verificar as concepções que esses sujeitos têm a respeito do silêncio como articulador na construção de conhecimentos dentro do ambiente escolar.
Palavras-chave: Pedagogia do silêncio. Aprendizagem. Ambiente escolar.

Christiane Jaroski Barbosa
Professora da Faculdade Cenecista de Osório-RS [e-mail] Mari Teresinha Panni de Borba
Faculdade Cenecista de Osório-RS [e-mail] Introdução
O silêncio imposto pela escola, pelo professor é algo que, muitas vezes, pode deformar e podar a personalidade do indivíduo que está se formando. Como ato disciplinador, é um dos instrumentos que o professor tem ao seu alcance para obter o controle sobre os alunos, fazendo com que a sala de aula tenha ordem e que somente o mestre tenha a palavra e o aprendiz a escute.
Hoje está em evidência falar em aluno crítico, participativo, interessado pelo que está aprendendo. Ele deve interagir nas aulas e expressar ideias para que possa construir e produzir conhecimentos em conjunto com colegas e professor. Mas, o que ainda é visto, é um ato regulador, ou seja, se o aluno tiver liberdade de expressão, a aula corre o risco de se tornar uma bagunça. Para que se possa atingir o objetivo de formar cidadãos que tenham o entendimento e a força da palavra, é necessário que a sala de aula deixe de ser silenciosa e torne-se um ambiente propício para interações e para