A presença adequada de nutrientes para a célula resulta na produção de moléculas ricas em energia como a de adenosina trifosfato (ATP) e outras moléculas que serão moduladores alostéricos positivos ou negativos, ativando ou inibindo muitas enzimas regulatórias de vias metabólicas importantes . Manter uma relação ATP/ADP alta é um dos parâmetros mais fundamentais para a manutenção da célula viva. Em condições normais a razão ATP/ADP é cerca de 10/1 e toda vez que esta razão é alterada ocorrem profundas alterações no metabolismo celular . O ATP é gerado principalmente pelo metabolismo oxidativo de alimentos como carboidratos, lipídeos e proteínas. O intermediário comum dessas oxidações é o acetil-CoA, o qual iniciará o ciclo do ácido cítrico levando ao aumento da produção de citrato e resultando na formação das coenzimas reduzidas NADH e FADH2, as quais alimentarão a cadeia respiratória e propiciarão a produção de ATP via fosforilação oxidativa. Portanto, o incremento das concentrações de acetil-CoA, citrato, NADH ou FADH2 também podem ser considerados como sinalizadores de alta energia celular, já que os mesmos alimentam a principal via de produção de ATP, a fosforilação oxidativa. Por outro lado, a diminuição ou ausência de nutrientes na célula, resulta na produção de moléculas de baixa energia como o ADP, AMP e NAD , os quais também são moduladores alostéricos de várias enzimas regulatórias. O aumento das concentrações de AMP intracelulares além de regular a atividade de inúmeras enzimas por alosteria irá ativar enzimas quinases dependentes de AMP, resultando em uma enorme cascata de reações celulares. De tal modo, que o perfil metabólico das células será profundamente modificado em função do nível de energia, o qual, em última instância, depende do aporte