Novos arranjos familiares: inquietações sociológicas e dificuldades jurídicas

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No decorrer da história assistimos à várias mudanças no âmbito familiar, tanto em seu interior quanto na sua relação com a sociedade. Philippe Àries, por exemplo, em sua obra “História Social da Criança e da Família” (1981), refaz, através de um estudo minucioso, a trajetória da Família Medieval à Família Moderna.
Define que a família antiga tinha por missão, a conservação dos bens, a prática de um ofício comum a todos, e ajuda mútua no cotidiano de um mundo em que homem e mulher não poderiam sobreviver isolados. As trocas afetivas e comunicações sociais, eram feitas por intermédio de vizinhos, amigos, crianças e idosos, mulheres e homens com possibilidades de se manifestarem livremente em seu meio.

Entretanto, é no século XIX, que a família burguesa – a unidade doméstica – compõe-se, sobretudo de pai, mãe e filhos repartindo uma unidade habitacional. A esta família privatizada corresponde uma concepção de unidade de moradia extremamente setorizada e compartimentada. luição das famílias conjugais. Descreve mudanças significativas a partir do século XVI, onde assiste-se a um processo de nuclearização da família, acompanhado da individualização de seus membros que reivindicam uma progressiva privacidade o que alterará significativamente os espaços de morar, havendo a diluição das famílias conjugais.
Ainda para Àries, a partir da sociedade industrial, a família européia sofreu mudanças consideráveis, marcadas, sobretudo pelas relações de trabalho e a entrada da tecnologia na vida das pessoas. Ele ressalta a substituição da aprendizagem pela escola como meio de educação, que mostra o novo papel desenvolvido pela criança e a família nas sociedades industriais. Para o autor, começava aqui um longo processo de enclausuramento das crianças, dos loucos, dos pobres e das prostitutas que se estenderia até hoje, sob o nome de “escolarização.” uma ordem emocional que garantia ao sexo masculino o poder no relacionamento. “As
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