Novelas de cavalaria

Narrativas ficcionais originadas das canções de gesta(guerra) e poemas épicos, as novelas de cavalaria nasceram na Inglaterra e na França durante a Idade Média e tinham como objetivo espalhar os ideais católicos na época das Cruzadas. As novelas de cavalaria falavam de acontecimentos históricos, dos feitos de grandes heróis, da luta entre o “bem” e o “mal” dos cavaleiros medievais durante as Cruzadas. Seus heróis eram idealizados pela Igreja Católica: deviam ser fiéis, honrados, corajosos e faziam de tudo, enfrentavam perigos enormes para defender a Europa Ocidental de dinamarqueses, eslavos, entre outros povos considerados inimigos cristãos. A concepção de cavaleiro medieval se opunha totalmente da concepção do cavaleiro da corte que costumava ser sedutor e se envolviam em situações que acabavam por arruinar anda mais a sua imagem. Os amores costumam ser arrebatadores, o herói deseja que a amada tenha conhecimento de seus sentimentos e não se contenta em amá-la platonicamente, ele quer ser correspondido. Os casos são ilícitos caracterizados pelo adultério e homossexualidade. As novelas de cavalaria estão divididas em três ciclos que são classificados pelo tipo de herói que apresentam. As novelas que contam fatos da Guerra de Troia e os feitos de Alexandre, o Grande e possuem heróis da mitologia grego-romana são ciclo Clássico,os contos do Rei Artur e os cavaleiros da Távola Redonda são do ciclo Arturiano ou Bretão e as estórias que mostram o rei Carlos Magno e os doze pares da França são do ciclo Carolígeno. As novelas de cavalaria pouco influenciaram Portugal, o ciclo que mais se mostrou no país foi o Arturiano. Entraram durante o reinado de Afonso III e circulavam pela fidalguia e realeza portuguesa. Não se tem noticia de uma novela autentica portuguesa visto que todas aquelas que circulavam por Portugal provinham da França. Algumas das novelas mais marcantes são: A Demanda do Santo Graal, Amadis de Gaula e Palmeirim da