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Universitário (HU), funcionando na Cidade Universitária desde 1981. Diante da recusa, o complexo já começa a sofrer com o corte de gastos.
A reitoria mandou reduzir a quantidade e a qualidade do material hospitalar. Alguns setores diminuíram o atendimento, enquanto as macas lotam os corredores do pronto-socorro e 362 funcionários entraram na fila de um plano de demissão voluntária.
A ideia de entregar o HU ao poder público surgiu depois que o Conselho Universitário aprovou a transferência do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, o
Centrinho, de Bauru, para a Secretaria Estadual de Saúde. Alckmin, no entanto, recusou-se a assumir o Centrinho e deixou claro que pretende fazer o mesmo se a transferência do HU for aprovada. "Tem alguém que quer [repassar o HU], mas o outro não quer. Não tem discussão", afirmou o secretário da Saúde, David Uip, quando questionado a respeito.
Essa era a cartada que Zago - no cargo desde dezembro de 2013 - precisava para desafogar as contas da USP, cuja folha de pagamento consome 105% de todo o orçamento, de R$ 4,5 bilhões em 2014. Com a transferência dos dois complexos, o reitor esperava economizar até R$ 450 milhões por ano. Em entrevista à revista IstoÉ, Zago é claro: "Por que a USP gastaria os seus recursos com fraldas, antibiótico e soro? A função da universidade é ensino e pesquisa".
Com a recusa de Alckmin, o jeito foi apertar o cinto. "Até o pó de café foi cortado", reclama uma médica que falou ao iG sob condição de anonimato. Ela estima em 10% o corte no material utilizado no atendimento a pacientes. Outro médico diz que o corte é de 20%, mas afetou apenas a qualidade do material. "Antes, a família de uma criança que fosse passar por uma