Nos tempos da Guerra Fria
A extinta União Soviética ocupava papel central na política internacional, como principal opositor dos EUA, num confronto que polarizou o mundo entre o bloco capitalista e o comunista por mais de 40 anos, após o fim da II Guerra
O grande símbolo do fim da Guerra Fria foi a queda do Muro de Berlim, em novembro de 1989. No fim daquele ano, as autoridades de fronteira não puderam mais impedir a população de passar pelo muro que dividia a cidade de Berlim ao meio, metade sob governo da Alemanha Ocidental e outra parte em território da Alemanha Oriental. A divisão do país vinha desde o fim da II Guerra Mundial (1945), embora o muro tenha sido construído apenas em 1961.
O Muro de Berlim simbolizava a separação do mundo em dois blocos: aquele constituído pelos países capitalistas encabeçados pelos Estados Unidos e o de países socialistas ligados à extinta União Soviética (URSS). A seguir, foi dado o golpe de misericórdia na Guerra Fria: a queda dos regimes comunistas do Leste Europeu resultou na desagregação da Iugoslávia, da Tchecoslováquia e da União Soviética, a partir de 1991.
A Guerra Fria foi o confronto ideológico, político, econômico e militar entre o bloco capitalista e o comunista. Por causa dessa divisão em dois blocos, ou dois pólos, dizia-se que o mundo da segunda metade do século XX era bipolar.O bloco capitalista era formado pelos Estados Unidos, pelos países da Europa Ocidental – reunidos na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar liderada pelos norte-americanos – e pelo Japão.
O bloco comunista era formado pela URSS e por seus países satélites do Leste Europeu – reunidos no Pacto de Varsóvia, a aliança militar soviética –, além de países como Cuba (a partir de 1962) e Vietnã. A China estava bem longe de ser a potência econômica de hoje e se achava mais preocupada em consolidar o regime internamente. Atuava externamente junto aos vizinhos asiáticos, mas, desde 1960, mantinha uma relação tensa