nissan
1. INTRODUÇÃO
A Nissan já foi a maior montadora japonesa e símbolo da indústria automobilística do país. Era uma espécie de General Motors de olhos oblíquos. Mas encaste-lou-se em si mesmo e recusou-se a aceitar o desafio da globalização. Fazia as coisas bem feitas, mas sempre da mesma maneira e nem tinha pressa. As decisões só eram tomadas por consenso e não podiam contrariar os interesses de nenhum dos grupos envolvidos no processo. Como conseqüência, apesar de ter fábricas produtivas e alto nível de qualidade, a NISSAN deixou de atender aos desejos do comprador. Lançava carros insípidos, meras cópias (mal feitas) da TOYOTA. No Japão, a NISSAN vem rendendo participação no mercado há décadas e seus modelos são vendidos com deságio de US$400 em relação aos concorrentes.
A saúde financeira da Nissan, devido aos sucessivos prejuízos, é hoje precária. Tem dívidas acumuladas de US$13 bilhões, mesmo depois de vender 35% de seu capital à Renault francesa.
2. A CHEGADA DO FORASTEIRO
Foi justamente a Renault que indicou Carlos Ghosn, um brasileiro radicado em Paris, para o cargo de “interventor” e salvador da Nissan. Após a compra da sua participação na empresa japonesa, a Renault convidou Ghosn (então seu vice-presidente de operações) para assumir a empreitada. Ghosn aceitou e foi para Japão em maio de 1999. Recebeu todos os poderes e toda a ajuda necessária, mas sabia que a sua era uma missão sem volta. Ou vencer, ou morrer. A Nissan não teria outra chance e a sua carreira estaria comprometida para sempre.
3. A SITUAÇÃO ENCONTRADA POR CARLOS GHOSN