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O economista colombiano Marco Antonio Heredia Viveros (foto), ex-marido da brasileira que virou nome da lei contra a violência doméstica, se diz vítima de Maria da Penha, não algoz. “Essa mulher me transformou em um monstro.”

Viveros foi condenado por tentar matar em 1983 sua mulher com um tiro enquanto ela dormia – desde então a biofarmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes se locomove em uma cadeira de rodas.

Quase 28 anos depois, ele continua a dizer ser inocente e repete a versão que apresentou à Justiça: o tiro que atingiu Maria na coluna foi disparado por um dos dois assaltantes que invadiram a sua casa com os quais ele lutou. A arma era dele.

Não houve testemunhas, os dois supostos bandidos nunca foram encontrados e Viveros foi acusado de inventar uma história para tentar escapar da lei. Não conseguiu, mas, de uma condenação de oito anos de prisão, ele cumpriu apenas 16 meses em regime fechado.

Antes da condenação, ele já tinha ficado “famoso” em Fortaleza (CE), apontado na rua como o homem que tentou matar a mulher. Mudou-se para Natal (RN) em busca de anonimato, lamentando deixar as três filhas.

Viveiro se casou mais duas vezes e teve outras duas filhas, cada uma com uma mulher, e um menino adotivo.

O seu terceiro casamento acabou quando a sua mulher – uma professora de inglês bem mais jovem do que ele – se encantou por outro homem e foi morar com ele no Rio e levou a filha junto. Ela deixou o menino na casa de sua mãe, que o devolveu ao orfanato. Vivero não pôde ficar com o garoto por causa do seu passado, o qual omitiu quando fez a adoção.

A vida do casal não ia bem já havia algum tempo. A professora chegou a registrar na polícia um Boletim de Ocorrência no qual acusou o companheiro de ter “temperamento agressivo” com a família -- a mesma acusação feita por Maria da Penha. Viveiro nega qualquer comportamento hostil e, no caso da professora, diz que o casal tinha discussões bobas, e foi durante uma delas que um celular atingiu o

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