Nietzsche
O século XIX, também conhecido como o século da Razão, vai de 1801 até 1900. Foi o século das grandes invenções, das profundas transformações político-sociais e econômicas que influenciariam as gerações seguintes. Todas estas transformações foram fortemente apoiadas nas idéias renovadoras da Filosofia e Ciências divulgadas pelos enciclopedistas, tais como Voltaire, Mostesquieu, Rousseau, D´Alembert, Diderot e Quesnay, entre outros, no século XVIII - também conhecido como século das luzes.
Foi justamente neste século (XIX) que o professor francês Hippolyte Léon Denizard Rivail codificou a Doutrina Espírita adotando o nome de Allan Kardec.
Manifestações filosóficas, políticas, religiosas, sociais e científicas do século XIX
No campo da filosofia observa-se que a mesma passa a não tolerar os dogmas da Igreja e, longe de exemplificar aquela fraternidade do Divino Mestre, recolhe-se no seu negativismo transcendente, aplicando às suas manifestações os mesmos princípios da ciência racional e materialista. Tais ideias conduzem aos exageros do cientificismo em que a fé na ciência se torna a verdadeira fé. Na Inglaterra do século XVIII, William Godwin desenvolve o pensamento anárquico, de onde surgem, no século XIX, duas correntes principais. A primeira, encabeçada por Pierre-Joseph Proudhon afirma que a sociedade deve estruturar sua produção em pequenas associações baseadas no auxílio mútuo entre as pessoas, sendo as mudanças feitas com base na fraternidade. A segunda, encabeçada por Mikhail Bakunin, defende a utilização de meios violentos nos processos de transformação da sociedade. Os movimentos políticos confrontam as práticas religiosas da Igreja, desviada dos princípios morais e aproximada das necessidades da nobreza reinante. A fragilidade da Igreja Católica abre espaço para a expansão das doutrinas divulgadas pelas Igrejas reformadas. Os questionamentos levam a um reexame dos textos bíblicos e até a um