Nietzche
Discente: Turma 10841
Docente:
Disciplina: Filosofia
Resumo
‘Sobre Verdade e Mentira no Sentido Extra-Moral’ – Nietzsche O ser humano e seu intelecto possuem vertentes distintas, tal como os mesmos pólos de um imã que tendem a se repelir. Entretanto, quando forçados a se unir, podemos observar que enquanto houver empenho de quem os aproxima – e ainda assim, não com a naturalidade de uma propriedade nata – haverá cessão de ambos e estes coexistirão mesmo que por instantes. Assim estão se relacionando o homem e o seu intelecto: existindo em fagulhas no interior daqueles que se forçam a utiliza-lo.
Discorrer sobre o intelecto a partir da visão de Nietzsche da decadência deste nos seres humanos é reconhecer que tamanha compreensão é empregada para inflar o ego e envaidecer os homens. Fracos e frágeis, iludem a si e os demais de sua espécie como dominantes do saber acerca da existência, enquanto tampouco enxergam nitidamente a superioridade dela visto a névoa ofuscante da superficialidade. Visando o instinto de conservação do ser humano perante a existência, o intelecto é perceptível em forma de dissimulação – não que este tenha sido designado para tal papel, mas porque seu detentor nada mais conhece além do enganar, representar, mentir e envaidecer.
Tornou-se necessário aos homens existir socialmente tanto por necessidade quanto por tédio – uma proeza que concebeu os primeiros traçados rumo ao que aparenta ser, até então, o sentido da verdade. Percebe-se então o contraste entre a mentira e a verdade através do emprego das palavras para tornar o que se trata do imaginário como algo real. E assim, percebendo esse agir individualista e prejudicial, a sociedade tratará de excluí-lo porque ser ludibriado é algo de reprovação extrema. Chegamos então em uma sociedade onde os homens desejam a verdade, mas a verdade seccionada, onde há apenas o lado agradável e favorável ao ego de quem ora admira ora a condena.
Com um fluxo