Resenha Do filme
O filme se passa no atual Mato Grosso do Sul, quando no final do século XVIII, um grupo de portugueses designados para fazer um levantamento topográfico na região do Pantanal se envolve com estupro de índias da tribo kadiwéus, um ramo dos guaicurus. Nesse primeiro momento o que percebemos é o olhar de alteridade dos portugueses para com os nativos, pois os mesmo nem se preocuparam em “conhecer” a cultura do outro e foram logo agindo conforme sua natureza “animal” diante de belas índias quando se banhavam no rio. Esse olhar preconceituoso e de superioridade os levam a pensar que os índios são selvagens e por isso não merecem ser respeitados e muito menos poupados dos trabalhos e constantes abusos sofridos. Dentro desse contexto vemos a participação da igreja, com sua ideologia de que os índios precisariam trabalhar para purificar sua alma e ser batizados em nome de cristo, aceitando os seus valores e abandonando sua própria crença...pois eram tidos como demoníacos; ou seja, a igreja dessa forma justificava a violenta forma de lhe dar com os nativos quando os mesmos se recusavam a aceitar os dogmas religioso, trazidos pelos missionários Jesuítas.
Através do contato com o homem branco é nítido ver que o povo indígena vai perdendo sua identidade e seus alicerces são abalados quando suas crianças são forçadas a absorver a cultura alheia. A essa tentativa de conversão chamamos de choque cultural - A dificuldade de compreensão e a mistura étnica , mostrados no filme( Índios, Portugueses, Espanhóis etc..).
Vale ressaltar que tudo isso aconteceu baseado na ganância e luxuria dos europeus com a tentativa de encontrar riquezas nas novas terras encontradas. Em função disto se sentiram no direito de explorar e se possível fosse matar, estuprar os colonizados.