Niet e o Nazismo
A partir de um certo momento Nietzsche começou a divergir em alguns pontos com Schopenhauer, pelo qual foi muito influenciado em sua juventude como mencionamos acima. A partir das divergências entre Nietzsche e Schopenhauer, nosso objetivo é marcar uma diferença fundamental entre suas estéticas, tendo com ponto central o acesso direto à Vontade que a Arte Musical teria em ambas.
Para Nietzsche, a arte é dotada de uma capacidade especial, que ficou conhecida como "Coisa em Si" e para Schopenhauer era identificado como "Vontade". A música seria então uma arte privilegiada diante das demais modalidades artísticas; mas também privilegiada diante da própria ciência à medida que, tanto o jovem Nietzsche quanto para Schopenhauer, a música é a única via de acesso à Verdade do Mundo, ou seja, a única linguagem capaz de comunicar o em si do mundo.
Estaria configurada assim o que o próprio Nietzsche chamou de "metafísica do artista".
A relação entre música e vontade em Schopenhauer se dá por via direta, enquanto para Nietzsche esta relação nunca é direta ou imediata, em vez disso ela é simbólica.
Deste modo, ao aprofundarmos nosso entendimento sobre o caráter mediador do simbolismo em Nietzsche, podemos ver o profundo distanciamento entre os dois filósofos, o que por fim nos levaria, obrigatoriamente a rever o estatuto metafísico do pensamento do jovem Nietzsche delineando, o viés de uma possível transição da "metafísica do artista" (propriamente schopenhaueriana) em direção ao germe de uma "psicologia da arte" (notadamente nietzscheana).
Em sua obra principal, O mundo como vontade e representação, Schopenhauer, mantendo a distinção kantiana entre fenômeno e coisa em si, nos apresenta um