RESENHA CRÍTICA DE SOCIOLOGIA I – “A ALIENAÇÃO DO TRABALHADOR FRENTE AO PRODUTO DO SEU TRABALHO, AO PROCESSO DE PRODUÇÃO E AO CAPITALISTA”

RESENHA CRÍTICA DE SOCIOLOGIA I – “A ALIENAÇÃO DO TRABALHADOR FRENTE AO PRODUTO DO SEU TRABALHO, AO PROCESSO DE PRODUÇÃO E AO CAPITALISTA”
Toda e qualquer sociedade se subdivide em proprietários e trabalhadores sem propriedade, os que formam essa última têm sua condição reduzida à de uma mercadoria, que corresponde de maneira contrária à sua produção, são grandezas inversamente proporcionais.
O trabalhador se torna tão mais pobre quanto mais riqueza produz, quanto mais a sua produção aumenta em poder e em extensão. O trabalhador se torna uma mercadoria tão mais barata quanto mais mercadorias cria. Com a valorização do mundo das coisas (Sachenwelt) aumenta em proporção direta à desvalorização do mundo dos homens (Menschenwelt).1
O trabalho produz não somente uma mercadoria, mas também o trabalhador, e o mesmo como um produto, ou seja, o resultado obtido através do trabalho é tido como um “poder independente do produtor.” 2. O produto derivado do trabalho seria segundo Marx, um objeto no qual foi fixada a mão de obra do trabalhador. Logo, o trabalho está numa condição de objeto, que só pode pertencer ao trabalhador se esse se esforçar muito, aí é que surge o estranhamento, pois quanto mais o proletário produz menor é a sua possibilidade de possuir e maior é sua sujeição ao capital.
[...] quanto mais o trabalhador se desgasta trabalhando (ausarbeitet), tanto mais poderoso se torna o mundo objetivo, alheio (fremd) que ele cria diante de si, tanto mais pobre se torna ele mesmo, seu mundo interior, [e] tanto menos [o trabalhador] pertence a si próprio. 3
O trabalho passa a ser, além de algo externo a quem o produziu, um objeto estranho a ele, cuja existência independe do trabalhador, uma espécie de “potência autônoma” 4.
A efetivação do trabalho se dá no “mundo exterior sensível” 5, é por meio da natureza que o trabalho produz, além disso, ela proporciona meios de vida ao trabalhador, no sentido de subsistência. Quando através do trabalho, o mundo sensível se