Nicolas Poussin
Trabalhou quase que exclusivamente em Roma.
Um dos trabalhos mais famosos de Poussin é Os
Pastores de Arcádia, uma pintura que retrata um túmulo com uma lápide enorme, onde se lê Et in
Arcadia ego. O túmulo da pintura, anos após a morte de Poussin, foi encontrado nas redondezas de Rennes-le-Château, um vilarejo no sudeste da
França, que fora habitado pelos visigodos e merovíngios. Poussin cria obras de grande rigor formal, procurando enredos na Bíblia e na mitologia.
Sua pintura é clássica, cartesiana, apresentando também certo vigor barroco.
Influenciado por Ticiano, assimila características românticas e poéticas que se refletem nas obras "Pastores da Arcádia" e "Inspiração do poeta".
Depois, toma Rafael como modelo e desenvolve um estilo no qual predominam o equilíbrio, a simetria, a razão. Usa mitos da Antiguidade para exprimir verdades morais.
As figuras humanas são quase sempre secundárias, servindo de pretexto para a criação de paisagens elaboradas, nas quais os elementos naturais são ordenados com a precisão de uma arquitetura.
Libertando-se aos poucos das influências maneiristas que marcam suas primeiras obras,
Poussin simplifica suas formas. Em suas paisagens, o pintor exprime um mundo ideal, recompondo elementos dos arredores de Roma e utilizando ruínas e figuras humanas.
Mito nacional francês
Os temas que Poussin aborda, assim como seu estilo preciso e cuidadoso, fazem dele o representante máximo da concepção racionalista e normativa que nasceu com o advento do Absolutismo. Na França, ele é considerado, até hoje, um mito nacional.
O classicismo de Poussin criaria uma escola própria, o poussinismo, e surgiria novamente com Jacques-Louis David, no final do século 18. As qualidades formais e abstratas de