Nibelungos
Nibelungos é a designação dada, na mitologia germânica, aos possuidores de um tesouro, o anel do Nibelungo. São habitantes do norte gelado de Niflheim, a que estava ligada uma maldição; foi aplicada também aos Burgundos, que, por intermédio de Siegfried, se apoderaram deste tesouro.
Na primeira parte Siegfried chega à corte dos Burgundos, casa com Kriemhild e auxilia o rei Gunther a vencer as provas impostas por Brünhild a quem pretendesse desposá-la. Quando Brünhild, mais tarde, toma conhecimento deste facto, incita Hagen a matar Siegfried.
A segunda parte baseia-se em acontecimentos históricos: a derrota dos Burgundos pelos Hunos em 473 e a morte de Átila em 453. Etzel (Átila), rei dos Hunos, casado com Kriemhild, desejando apoderar-se do tesouro dos Burgundos, convida à sua corte os cunhados. No Nibelungenlied, contrariamente a outras versões, Kriemhild torna-se adversária dos irmãos e colabora na destruição dos Burgundos, vingando, assim, a morte de Siegfried.
Nas versões nórdicas sobressai a mitologia germânica.
No século XIX o assuntos dos Nibelungos despertou o interesse de escritores que lhe deram nova configuração: são dignos de menção o drama de Fouqué Der Held des Nordens (1808-1810) e a triologia dramática de Friedrich Hebbel Die Nibelungen (1862).
A obra mais notável dentro desta tradição é a tetralogia dramático-musical de Richard Wagner Der Ring des Nibelungen (1863). Friedrich Rückert, Friedrich Hieronymus Münchhausen (Barão de Münchhausen) e Agnes Miegel foram autores de baladas e poesias monologadas baseadas em cenas do Nibelungenlied. Já no século XX, Paul Ernst e Max Mell apresentaram versões dramáticas deste