neurofisiologia
Adalberto Tripicchio MD PhD
Introdução
A neurotransmissão no SNC
Conhecem-se, atualmente, dezenas de neurotransmissores. Vamos assinalar somente os neurotransmissores mais conhecidos na clínica: dopamina, noradrenalina, adrenalina, serotonina e ácido gama-aminobutírico.
As sinapses nervosas não possuem, obrigatoriamente, apenas um neurotransmissor. Podem ter um ou mais dos elementos condutores da informação nervosa, atuando excitatória ou inibitoriamente.
A síntese, liberação, atuação e destino final dos neurotransmissores nos diversos sistemas neuronais podem ser assim esquematizados:
1. Síntese do neurotransmissor
A síntese do neurotransmissor se faz a partir de um precursor (tirosina, triptofano, colina e outros alfa-aminoácidos) que, vindo do meio externo para o interior do neurônio, atravessa a membrana do corpo celular da estrutura neuronal por intermédio de mecanismos especializados.
Como passo seguinte, o precursor e suas enzimas sintetizadoras (a palavra enzima pode ser tanto masculina quanto feminina por tradição) encaminham-se, por processos ativos de condução, para a porção terminal do neurônio, a telodendria do axônio, onde uma parte menor dele fica livre no citoplasma e a parte maior fica armazenada em órgãos denominados vesículas sinápticas.
2. Liberação do neurotransmissor
Quando acontece a despolarização do neurônio, fenômeno bioelétrico, físico-químico, surge um potencial de ação e o neurotransmissor é, então, liberado por ação de enzimas (as monoamino-oxidases) armazenadas nos mitocôndrias. Liberado o neurotransmissor, através de um processo conhecido como exocitose, a vesícula sináptica funde-se à parede, porém, da membrana da porção terminal do neurônio, o axônio. Em seguida, voltando a desempenhar função de vesícula sináptica, o neurotransmissor, junto com outras substâncias, é lançado na fenda sináptica.
3. Atuação e destino final dos neurotransmissores
Na fenda sináptica, o