NEUROFISIOLOGIA DA DOR
1- Dor
A sensação de dor representa um papel especialmente importante na proteção do corpo, dando notícia de praticamente todos os tipos de processos lesivos, e produzindo as reações musculares apropriadas para a remoção do corpo do contato com o estímulo lesivo. Portanto, a dor é um mecanismo de demarcação de limites para o organismo, e de aviso sobre a ocorrência de estímulos lesivos provenientes do meio externo ou do próprio organismo. Quando os tecidos do corpo estão sendo lesados, os receptores da dor são estimulados, ocorrendo então a percepção e reatividade à dor. O trauma aos tecidos, a isquemia, calor ou frio intenso aplicado aos tecidos, ou a irritação química dos mesmos são alguns dos diversos estímulos lesivos que podem causar dor.
Percepção e reatividade à dor: Normalmente uma pessoa percebe a dor de modo mais intenso que outras assim como nem todas as pessoas reagem do mesmo modo a dores equivalentes.
2- Tipos de receptores sensoriais
Os receptores de dor, na pele e em outros tecidos, são terminações nervosas livres. Apresentam-se distribuídos difusamente nas camadas superficiais da pele, e também, em determinados tecidos internos, como o periósteo, as paredes arteriais, as superfícies articulares e a foice e o tentório da calota craniana. A maioria dos outros tecidos profundos possui inervação pobre de terminações nervosas sensíveis à dor; todavia, qualquer lesão tecidual difusa ainda pode, por somação, causar a dor do tipo contínua, crônica e lenta nessas áreas. Três diferentes tipos de estímulos excitam os receptores de dor – mecânicos, térmicos e químicos.
A maioria das fibras sensíveis à dor pode ser excitada por tipos múltiplos de estímulos. Entretanto, algumas fibras têm maior tendência a responder ao estiramento mecânico excessivo, outras a extremos de calor ou frio, e, ainda outras, a substâncias químicas específicas, nos