Neurobiologia das emoções
PSICOLOGIA
IASMIN LOPES SILVA DE SOUZA
NEUROBIOLOGIA DAS EMOÇÕES
FEIRA DE SANTANA
2010
IASMIN LOPES SILVA DE SOUZA
NEUROBIOLOGIA DAS EMOÇÕES
FEIRA DE SANTANA
2010
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INTRODUÇÃO
A tematização das emoções como questão relativa ao conhecimento é uma perspectiva bastante arcaica na cultura ocidental. Voltando os olhos ao mundo grego antigo, é possível encontrar no conceito da idéia de paixão, entendida no âmbito da filosofia helênica como raiz dos males e da infelicidade do homem, devendo, pois, ser moderada. Assim, pois, a complexa relação emoção–razão tornou-se mote recorrente no pensamento de diferentes filósofos, os quais formularam concepções, as mais variadas, para explicar as origens e o papel das emoções na condição humana. Este foi, precisamente, o caso do pensador francês René Descartes, que, em suas Meditações Metafísicas, chega à concepção de uma substância pensante completamente separada da “substância do mundo” , facultando, assim, uma genuína cisão entre corpo e mente. Para Descartes, a res cogitans pertence à razão e ao pensamento, enquanto ao corpo pertencem as emoções.
De um problema genuinamente filosófico, as relações entre corpo e mente e entre razão e emoção passaram a ser também investigadas no âmbito teórico de outros saberes, como a psicologia, a psicanálise e a biologia, a partir da segunda metade do século XIX e princípios do século XX. O que marca esse período é o interesse científico voltado para os processos cognitivos, os quais incluem as atividades mentais relacionadas à aquisição de conhecimento e conectadas ao raciocínio e à memória. A partir de então, realizaram-se inúmeras investigações, as quais culminaram na proposição dos mecanismos envolvidos na percepção, atenção e memória. Ademais, os poucos autores que se voltavam às